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Médicos em greve até quinta-feira

medical doctor with stethoscope on white background

Os médicos, pelas 00h00 de hoje, iniciaram 2 dias de greve. 

Esta greve foi convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), com o objetivo de reivindicar “salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um SNS à altura das necessidades” da população.  

A FNAM, mesmo tendo as duas últimas reuniões negociais com o Ministério da Saúde marcadas para os dias 07 e 11 de julho, optou por manter a paralisação, que se estende até às 24h00 de quinta-feira, face “ao adiar constante das soluções” e “à proposta insatisfatória” que recebeu da tutela, não excluindo uma nova greve nacional na primeira semana de agosto. 

“O Ministério da Saúde apresentou um rascunho de proposta no último dia do protocolo negocial, em 30 de junho. Trata-se de uma proposta que apenas valoriza dignamente o trabalho de alguns médicos”, afirma em comunicado a FNAM, salvaguardando que um acordo terá de englobar todos os médicos: “não se pode excluir os médicos internos — um terço da força de trabalho médico no SNS –, os médicos das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, boa parte dos médicos hospitalares e os médicos de Saúde Pública”. 

“Depois do protocolo negocial ter terminado é que parece que nós estamos num verdadeiro processo negocial como, aliás, é suposto em concertação social (…) mas este esforço de proposta contraproposta era uma coisa que já devia ter acontecido há 14 meses e é isso que é inadmissível”, informa Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM. 

Também mencionou esperar que “haja bom senso também do outro lado” e que se consiga chegar a acordo, porque, caso contrário, terão que “endurecer ainda mais a luta e continuar com esta contestação” na primeira semana de agosto com uma greve nacional. 

A FNAM, nesta terça-feira, partilhou os “dez pontos de discórdia” com a tutela, considerando inaceitável o limite de 350 horas extraordinárias anuais, grelhas salariais sem aplicação a todos os médicos e a obrigatoriedade da dedicação plena.  

“São vários os temas que o Ministério da Saúde (MS) ainda terá de rever de forma a garantir que os médicos não vão perder direitos, que não vão ter um mau acordo, que as medidas são aplicadas a todos, sem criar médicos de primeira e de segunda, num quadro discricionário de direitos”, enfatizou. 

Partihar

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