A instância máxima da justiça eleitoral no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deve tornar inelegível por oito anos o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro encontra-se sob julgamento por abuso de poder devido a uma reunião com embaixadores de 40 países que convocou no ano passado em plena campanha para as presidenciais para denunciar supostas fraudes no sistema eleitoral sem apresentar qualquer prova.
O plenário do TSE é formado por 7 juízes, 4 já votaram, 3 a favor e 1 contra, só é preciso um dos três magistrados restantes votar pela inelegibilidade que o projeto de Jair Bolsonaro de voltar à presidência vai ter de ser abandonado ou, pelo menos, adiado até 2030.
A juíza Cármen Lúcia será a primeira a votar esta sexta-feira, e deixou claro que considera crime eleitoral o encontro de Bolsonaro com os embaixadores, e o outro magistrado que deverá votar pela inelegibilidade é ninguém menos do que Alexandre de Moraes, presidente do TSE e, tal como Cármen, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele preside a várias ações contra o ex-presidente por ataques à democracia e às instituições.
A última sessão antes das férias judiciais de Julho, decorrerá durante o dia de hoje e está marcada para começar às 16 horas, pelo horário português, e não tem hora para terminar.
Para além deste processo que agora entra na fase final, o TSE tem ainda outras 15 ações em andamento contra Jair Bolsonaro pelos mais variados crimes eleitorais.
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