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Festas do Império do Divino Espírito Santo atravessam Alenquer mais de 700 anos depois

As Festas do Império do Divino Espírito Santo (FIDES) são um dos momentos altos da vida dos alenquerenses e estas celebram-se por todo o concelho há mais de 700 anos. Em 2024, o Município mantém a tradição seguida por milhares de visitantes, com o arranque da programação agendada já para este Domingo de Páscoa: na Igreja de São Francisco Alenquer, pelas 12 horas,  dá-se a Missa Solene com Entronização das Insígnias do Espírito Santo.

Saiba toda a programação em: https://alenquerterradoespiritosanto.pt/#cartaz 

Até ao Domingo de Pentecostes (19 de maio) e durante 50 dias, Alenquer, Aldeia Gavinha, Aldeia Galega da Merceana, Atalaia, Carregado, Ota, Pereiro de Palhacana e Paúla partilham uma ideia de bem comum instituída pela Rainha D. Isabel e o Rei D. Dinis, no longínquo século XIV (1321), que perdura até hoje. As ruas surgem ornamentadas, as celebrações religiosas dão-se pelas várias localidades, as pessoas cruzam-se em momentos de procissão e o tradicional bodo congrega um espírito de fraternidade entre locais e forasteiros. Em Alenquer, o “Espírito sopra onde quer”.

“O culto e as Festas do Império do Divino Espírito Santo são hoje a maior manifestação de religiosidade no concelho de Alenquer, depois de um trabalho rigoroso e dedicado de inúmeros alenquerenses ao longo dos últimos anos. Sob o lema, o “Espírito sopra onde quer”, estas celebrações, à imagem daquilo que foram no passado, foram-se reavivando, reinventando e revitalizando”, começa por explicar a vereadora Cláudia Luís, aludindo ao ressurgir das festas no concelho em 2007 após a recuperação material dos edifícios da antiga Casa do Espírito Santo (Igreja e Arcada). “As Festas ajustaram-se à realidade do tempo contemporâneo, concedendo-lhes um importante lugar popular, social e cultural que assegura a sua sustentabilidade futura. Estes sete séculos de história criam nas nossas Festas um ambiente inesquecível, quase místico, que retrata de forma única a crença e a fé de um povo, que ao longo dos tempos, através de múltiplas expressões, restauraram o princípio da igualdade entre os homens e mulheres fraternos e renovam a confiança na vida de todos “, considera a responsável autárquica.

A tradição com mais de 700 anos, e génese em Alenquer, viu o culto reavivado há 17 anos, tendo como principais impulsionadores o pároco e provedor da Misericórdia de Alenquer, José Eduardo Martins e D. Manuel Clemente (à data Bispo de Lisboa). Uma candidatura a Património Cultural Imaterial Nacional encontra-se a ser preparada pela autarquia.

 

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