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Greve total dos funcionários judiciais marcada para dia 14 de Julho

A suspensão vai “vigorar no dia 14 de julho de 2023, das 9:00 às 17:00, em todas as unidades orgânicas / juízos, para todos os funcionários judiciais a exercer funções nos tribunais e serviços do Ministério Público, bem como noutros departamentos e serviços do Estado português”. 

Para o sindicato está em causa “a atual situação socioprofissional e a falta do cumprimento dos compromissos assumidos e das deliberações da Assembleia da República”, salientando que não haverá indicação de serviços mínimos, por se considerar que esta greve não colide com os direitos, as liberdades e as garantias dos cidadãos. 

“Não podem os trabalhadores em greve ser substituídos por trabalhadores não aderentes que, normalmente, não estejam afetos ao serviço materialmente competente”, lê-se no pré-aviso direcionado ao primeiro-ministro, António Costa, à ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e à ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro. 

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) exige a abertura de procedimento para acesso a todas as categorias profissionais (escrivão adjunto, técnico de justiça adjunto, escrivão de direito, técnico de justiça principal e secretário de justiça) ocorra no imediato, bem como a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual pago a 14 meses e com retroativos a janeiro de 2021. 

Em compensação, aponta à negociação coletiva sobre os temas do preenchimento dos lugares vagos da carreira de oficial de justiça através de concurso plurianual, um regime especial de aposentação e acesso ao regime de pré-aposentação para os funcionários judiciais, a revisão da tabela salarial e, finalmente, a revisão do estatuto profissional da carreira. 

A data de 14 de julho corresponde ao último dia de trabalho nos tribunais antes das férias judiciais, que decorrem entre 15 de julho e 31 de agosto. 

Esta greve total dos funcionários judiciais, que foi agora anunciada para o derradeiro dia antes das férias nos tribunais, poderá pôr em causa a realização de centenas de julgamentos e diligências, entre os quais a sessão de leitura da decisão instrutória do Caso BES, que está marcada para as 14:00, no tribunal de Monsanto, em Lisboa. 

Partihar

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