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Europol capturou 256 indivíduos por tráfico de enguias

No decorrer de uma operação da Europol contra o tráfico internacional de enguias, que se realizou entre outubro de 2022 e junho deste ano, resultou em 256 detenções e evitou a saída para a Ásia de 25 toneladas, avaliadas em 13 milhões de euros.

Segundo o comunicado da agência europeia de cooperação policial sobre a “Operação LAKE”, oito toneladas de enguias já se encontravam prontas para deixar o espaço da União Europeia com destino ao continente asiático, com o objetivo de estas serem criadas em explorações e vendidas para todo o mundo quando atingissem a idade adulta.

Encontram-se múltiplas nacionalidades entre os 256 detidos, havendo cidadãos de Portugal, que estavam envolvidos no que a Europol descreveu como “um dos crimes mais devastadores contra a vida selvagem em todo o mundo” com lucros ilegais estimados em três mil milhões de euros.

“Estes êxitos desmantelam substancialmente as redes criminosas organizadas envolvidas nesta atividade de vários milhares de milhões de euros. Além disso, as autoridades apreenderam bens de origem criminosa no valor de mais de um milhão de euros e contas bancárias no valor de mais de dois milhões de euros”, informou a agência europeia de cooperação policial. 

A “Operação LAKE” teve início em 2016 e tem tido sucessivas edições a nível internacional, que levaram à detenção de mais de 750 pessoas e a uma redução de cerca de 50% nos incidentes relacionados com tráfico de enguias.

De acordo com a agência europeia, as organizações criminosas dedicadas a este tráfico dividem-se entre os cidadãos europeus, responsáveis pela pesca ilegal, e os cidadãos asiáticos, que se encarregam da logística e do transporte das enguias, que são consideradas uma iguaria na Ásia.

“O ‘modus operandi’ varia entre pacotes camuflados rotulados como mercadorias em voos comerciais, enguias escondidas na bagagem dos passageiros ou transportadas em veículos. Estes peixes frágeis têm de sobreviver à viagem até à Ásia em caixas seladas ou em sacos de plástico equipados para proporcionar uma certa temperatura da água e um certo fornecimento de oxigénio”, menciona a Europol.

Nesta operação está em causa prática dos crimes de contrabando, branqueamento de capitais, evasão fiscal, falsificação de documentos, além do tráfico de espécies ameaçadas.

Para além de Portugal envolvido na operação da Europol, houve, também, o envolvimento dos seguintes países: Áustria, Bulgária, Croácia, República Checa, Dinamarca, Estónia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Roménia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Albânia, Bósnia e Herzegovina, Canadá, Colômbia, Geórgia, Moldávia, Marrocos, Macedónia do Norte, Sérvia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. 

Partihar

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