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CDU descarta ter sido “uma vergonha” o que aconteceu no jogo do NASC

Foto: Facebook

Decorreu esta segunda-feira a reunião do executivo da Câmara Municipal de Benavente, em que o Vereador Luís Feitor, do PSD, levou a debate a interrupção do jogo da equipa sub-18 do NASC, clube de andebol de Samora Correia, no passado dia 8 de dezembro, devido à humidade sentida no campo, que impossibilitava a continuação do jogo. O jogo decorreu no Pavilhão Gimnodesportivo de Samora Correia, pavilhão esse partilhado por várias coletividades, como também pelas escolas de Samora Correia.

Luís Feitor referiu que naquele momento do jogo foram proferidas palavras desagradáveis vindas do público, referindo que uma delas foi a palavra “vergonha” pelo sucedido. O jogo teve de ser terminado no Pavilhão do Porto Alto, devido à impraticabilidade.

O Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, respondeu que «destina aquele pavilhão para a prática do andebol». Explica ainda que as condições são diferentes, que nos outros sítios são pagos o usufruto do pavilhão e que no concelho de Benavente não acontece isso.

Carlos Coutinho explica ainda que o pavilhão de Samora Correia sofre do mesmo que muitos outros pelo país, o qual é o problema da condensação. Uma resolução possível seria a climatização do pavilhão que tem custos acrescidos, – relembrar que a Câmara Municipal de Benavente prevê gastar 1 milhão de euros em obras no Pavilhão de Santo Estêvão, para ser servido como centro de estágio nacional na modalidade de trampolim.

Sobre a palavra proferida pelos adeptos, “vergonha”, Carlos Coutinho diz «vergonha? De quê? De dar-lhes condições todas, para que o trabalho que nós reconhecemos das pessoas, treinadores, atletas, pais, todos tenham resultados, não sei se é essa a vergonha.» Diz ainda que deviam reconhecer o apoio que a Câmara dá à instituição.

Carlos Coutinho refere que esta atitude não vem por parte da direção do NASC e que entende que o Vereador do PSD queira “cavalgar” nesta situação.

O Vereador da CDU, Hélio Justino, considera o NASC o seu clube, onde esteve mais de 20 anos. Considera a zona onde está inserido o Pavilhão de Samora Correia uma zona muito húmida, «quase que é inevitável acontecer o que aconteceu». Refere que «têm-se procurado minimizar estes impactos».

Em relação ao que se disse durante a interrupção do jogo, o Vereador da CDU diz «que temos de passar a exigir é respeito, é o mínimo que se deve. Aqueles que dizem vergonha numa situação destas, que acontece aqui como acontece em muitos sítios do país, aqueles que dizem vergonha têm que, ao mesmo tempo, dizer que só é possível obter determinados resultados porque a Câmara é um parceiro de excelência que está sempre disponível a colaborar, para ajudar, para acompanhar a evolução da dinâmica das nossas coletividades e associações, os mesmos que dizem vergonha deveriam respeitar esta instituição (…) é esta Câmara Municipal que permite as nossas coletividades e associações obtenham os resultados que tanto nos orgulham. Portanto, aqueles que dizem vergonha deviam ter respeito por esta instituição. A crítica naturalmente, quando ela é justificável, aceitamos bem, somos os primeiros a reconhecer, somos os primeiros a querer fazer melhor, somos os primeiros a não querer que existam esses problemas. Há coisas mais fáceis de resolver, outras são mais difíceis, mas estamos sempre ao lado (…) acho que o que nós fazemos merece no mínimo respeito (…)».

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