Economia Sociedade

Pedro Nuno Santos de novo ouvido no parlamento.

Pedro Nuno Santos, ex-ministro, irá ser ouvido, hoje, no parlamento, pela segunda vez em poucos dias. Desta vez na comissão de inquérito à TAP, acerca da indeminização controvérsia de Alexandra Reis, que gerou a sua saída do Governo.  

Depois de meses em taciturnidade e com o mandato de deputado suspendido a seu pedido, ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação foi ouvido na semana passada, na Comissão de Economia Obras Públicas, Planeamento e Habitação, por requerimento do PSD, sobre a situação da TAP no período entre 2015 e 2023. 

Na sequência da indemnização não permitida, a 24 de dezembro de 2022, de 500.000 euros paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis, Pedro Nuno Santos demitiu-se. 

Após ter mencionado que não havia sido informado da indenização- e em seguida a sua demissão- Pedro Nuno Santos informou num comunicado que ele e, o então secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes e a Maria Antónia Araújo, chefe de gabinete, “não tinham memória” de que sabiam da indemnização e que o ministro deu “anuência política para fechar o processo” 

O ex-governante, na audiência passada, admitiu que foram “meses de espera difíceis porque a vontade de reagir era muita”, mas os temas que suscitaram a sua saída do governo teriam de esperar pela sua ida à comissão de inquérito à TAP. Às questões sobre a reconfiguração acionista da TAP após a privatização de 2015, os chamados fundos Airbus, o auxílio de emergência à companhia aérea, em 2020, na sequência da pandemia de covid-19 e os 55 milhões de euros pagos a David Neeleman para ele sair da empresa, respondeu.  

O ex-ministro salvaguarda que se se confirmar a veracidade dos indícios apontados na auditoria ao negócio com a Airbus feito pelo ex-acionista privado da TAP David Neeleman, que direcionam para possibilidade de a companhia aérea estar a pagar acima do preço do mercado, tem de se “exigir que os contratos sejam revistos”. 

Em relação aos 55 milhões pagos ao ex-acionista privado, a resposta obtida por Pedro Nuno Santos, foi que este valor correspondeu a um “ponto de encontro” entre as partes em desacordo, para evitar litigância. 

Pedro Nuno Santos diz-se se sentir “muito orgulho do trabalho” feito pelo Governo para “salvar a TAP, sendo possível declarar que companhia aérea, enquanto “empresa pública, pode dar lucro”. 

“Não foi um acaso, porque no ano em que conseguimos que a TAP desse lucro, também conseguimos que na primeira vez na sua história a CP desse lucro. Não há mais nenhum Governo, não há mais nenhum ministro que, nos últimos 50 anos, se possa gabar de ter deixado as suas funções com a TAP e a CP a dar lucro”, destacou. 

 

Partihar

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