Cultura

Começa hoje a 16.ª edição do MOTELX

Começa esta noite, no Cinema São Jorge, a 16.ª edição do MOTELX.  O Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa decorre de 6 a 12 Setembro, com o melhor do cinema de terror mundial, com um itinerário singular e cronológico pela produção de género nacional. O slasher de Verão “Bodies Bodies Bodies” da A24, realizado pela holandesa Halina Reijn, é o grande protagonista do dia de abertura, hoje, no Cinema São Jorge.

De regresso ao MOTELX, o maestro do giallo, Dario Argento, aterra no Cinema São Jorge, a 8 de Setembro, para apresentar a sua última obra, “Dark Glasses”, às 21h20, e antes, às 19h00, mas no Teatro São Luiz, para uma masterclass sobre a arte e a entrega que, há cinco décadas, o realizador italiano deposita no cinema de terror. No mesmo dia, a estreia mundial do folk horror de Frederico Serra, “Criança Lobo” (19h00), e a recordação de “O Convento” (1995), de Manoel de Oliveira, inspirado numa obra de Agustina Bessa-Luís, com John Malkovich, antecedido pelo único excerto sobrevivente de “Três Dias Sem Deus”, de Bárbara Virgínia, o primeiro filme dirigido por uma mulher em Portugal, de 1946 (16h30) – três viagens pelo passado e presente da cinematografia de género nacional.

O cineasta Jacques Molitor é outro convidado especial a garantir presença no Festival, e, no dia seguinte, pelas 19h00, traz “Wolfkin”, a sua segunda longa-metragem e o primeiro filme do Luxemburgo na história da secção Serviço de Quarto. Quando for meia-noite em ponto, a mítica Sessão Dupla regressa ao MOTELX com dois novos filmes sobre adolescentes em perigo: o body horror from outer space “The Seed”, do inglês Sam Walker, e “Deadstream”, do casal norte-americano Joseph e Vanessa Winter.

“Coisa Ruim”, a já clássica joint venture de Tiago Guedes e Frederico Serra em 2006, é um dos títulos marcantes para Sábado, dia 10, às 16h50, o mesmo folk horror que encerra o livro “O Quarto Perdido do MOTELX – Os Filmes do Terror Português (1911-2006)” – um precioso documento inédito com textos de cinéfilos e investigadores acerca de um surpreendente conjunto de produções cinematográficas, com o carimbo do Festival -, a ser lançado na Sala 2 do Cinema São Jorge, nessa mesma tarde. Na senda do culto, às 21h00, uma oportunidade rara de assistir à projecção de “Erotic Symphony”, do lendário e perverso cineasta espanhol, Jess Franco, que, entre as décadas de 1960 e 1970, rodou 40 filmes em Portugal – com a presença de Óscar Cruz, director de produção do filme.

Para o penúltimo dia do Festival está reservado “Resurrection”, do norte-americano Andrew Semans, com Rebecca Hall e Tim Roth nos principais papéis, o filme que faz as honras da sessão de encerramento, depois de anunciados os vencedores da melhor longa e curta europeias e a melhor curta portuguesa, numa ocasião imperdível, a partir das 21h00. Ao final da tarde (18h50), “Final Cut”, de Michel Hazanavicius, o filme de abertura de Cannes este ano, traz zombies e sangue em doses impróprias para consumo, e Paulo Branco, “O Produtor do Terror Português”, homenageado nesta edição do MOTELX, protagoniza uma masterclass gratuita, pouco antes (19h00).

Segunda-feira, 12 de Setembro, a 16.ª edição do Festival despede-se com um documentário sobre o realizador italiano maldito, Joe D’Amato, “Inferno Rosso: Joe D’Amato on the Road of Excess”, da autoria de Manlio Gomarasca e Massimiliano Zanin (16h30), e com uma cópia perdida e recentemente encontrada e restaurada do filme “A Praga”, do “pai” do cinema de terror brasileiro, José Mojica Marins (19h00). Ainda no derradeiro dia, a retrospectiva dos vencedores das competições deste ano, pelas 21h00.

Os bilhetes para o MOTELX estão à venda no Cinema São Jorge, na Ticketline e em pontos de venda associados. Para o cine-concerto “Os Crimes de Diogo Alves”, estão à venda no Teatro São Luiz e na Blueticket. Para a masterclass de Dario Argento, os bilhetes são gratuitos e vão estar disponíveis online na véspera do evento (50%), enquanto os restantes na bilheteira do Teatro São Luiz no próprio dia (50%), a partir das 15h00 (máximo de 4 bilhetes por pessoa).

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