Mais de dez medicamentos faltaram nas farmácias do país durante o mês de julho, deixando vários milhares de doentes sem alternativas terapêuticas. Os doentes mais afectados são os que sofrem de doenças como Parkinson, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crónica, asma, diabetes e epilepsia. Perante a ruptura dos stocks nas farmácias, muitos se vêem obrigados a interromper o tratamento. Há situações críticas, que preocupam a Associação Nacional de Farmácias. Um exemplo disso é o Adalat, um medicamento usado para a hipertensão e que está esgotado há mais de um ano. Enquanto o seu genérico correspondente, a Nifedipina, está também esgotado há vários meses em muitas farmácias.
A Associação admite que uma das causas destas rupturas é o facto de uma mesma fábrica produzir o mesmo medicamento para várias farmacêuticas, o que torna toda a cadeia de comercialização demasiado exposta a um eventual problema numa das fábricas. Em 2018, faltaram mais de 64 milhões de medicamentos nas farmácias, o que obrigou mais de 370 mil pessoas a interromperem o tratamento. Este ano, a situação tende a agravar-se.