Desde 18 de março até final de setembro, a DECO recebeu um total de 14.400 pedidos de aconselhamento financeiro de famílias, a maioria dos quais com vista à reestruturação dos respetivos créditos.
Dos 1.017 processos de intervenção, através dos quais a DECO apoiou os consumidores na renegociação de dívidas, entre outras medidas, 4,5% desses processos são de famílias residentes no distrito de Santarém.
Na origem das dificuldades financeiras das famílias que pediram aconselhamento à DECO RIBATEJO E OESTE estão sobretudo: a perda de rendimentos ( 31%), o desemprego ( 19%), a doença ( 17%) e o divórcio/separação (11%).
A maioria das situações afeta trabalhadores do setor privado (39%), sendo 27% do setor público, 18% desempregados, 9% trabalhadores por conta própria e 7% reformados.
Em termos de escolaridade, 53% dos intervenientes nos processos que pediram apoio à DECO RIBATEJO E OESTE completaram o ensino secundário, 20% possuem uma licenciatura e 17% concluíram o 3.º ciclo, sendo que 38% são casados ou vivem em união de facto, 33% são solteiros e 29% são divorciados/separados.
“Considerando o período de 18 de março (véspera da declaração do estado de emergência em Portugal) até 30 de setembro, as famílias do distrito de Santarém tinham, em média, prestações mensais de crédito de 950 euros e rendimentos líquidos de 1.245 euros, o que corresponde a uma taxa de esforço de 76%, valor que consideramos preocupante, uma vez que a taxa de esforço recomendada é de 30%”,