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Central do Pego: Autarcas do Médio Tejo pedem “responsabilidades políticas”

Os autarcas do Médio Tejo pedem “responsabilidades políticas” pelas “contradições” existentes no processo de encerramento da operação a carvão da Central Termoelétrica do Pego e consideram “uma total falta de respeito pela região a inexistência de uma solução”. Em comunicado divulgado hoje, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) lembra que faltam “quatro meses e 16 dias” para terminar a produção de energia a carvão e sublinha que os autarcas da região “confiaram nas informações recebidas de que um grande projeto que compense” o encerramento daquela operação na Central do Pego “surgiria em devido tempo”. Reiterando “a mais intensa preocupação pela forma como todo o processo da Central do Pego está a ser conduzido pelo Governo português”, os autarcas sublinham a importância de a manter nesta freguesia do concelho de Abrantes , “um dos mais importantes centros electroprodutores do país”. Para o Conselho Intermunicipal da CIMMT, é imperioso que se mantenha no Médio Tejo este “importante polo de produção de energia”, salientando o seu impacto no contexto do desenvolvimento económico da região. “O foco não pode estar em medidas mitigadoras do fecho da central nem em bonitos projetos e intenções de requalificação de recursos humanos. Deixamos uma palavra de solidariedade para com os trabalhadores envolvidos, reconhecendo toda a instabilidade que um assunto destes levanta, colocando em causa inúmeros postos de trabalho”, afirma o comunicado. Os autarcas pedem ao Governo que “crie, urgentemente, condições para um processo de reconversão da central”, canalizando verbas do Fundo de transição justa, considerando que as “avultadas verbas” disponibilizadas pela União Europeia para a descarbonização devem ser usadas “na reconversão e na diversificação económica”. A CIMMT coloca-se ao lado da Câmara Municipal de Abrantes na “denúncia sobre esta lamentável situação”, junto de todos os diretamente implicados, bem como nos contactos com os deputados eleitos pelo distrito de Santarém, grupos parlamentares da Assembleia da República, comissão parlamentar do Ambiente, associações empresariais, entre outros. Além do comunicado, o Conselho Intermunicipal da CIMMT enviou ao ministro do Ambiente e Ação Climática, João Matos Fernandes, e ao secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, um memorando sobre o processo.

A CIMMT  integra os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha (do distrito de Santarém) e Sertã e Vila de Rei (Castelo Branco).