Movimentos ambientalistas, populações e especialistas defenderam , no Barco, concelho da Covilhã, que a exploração de lítio em Portugal não pode ser feita a qualquer preço e exigiram que os partidos clarifiquem posições na próxima campanha eleitoral.
É uma questão nacional e neste momento parece que o lítio é um mineral emergente, mas a exploração não pode ser a qualquer preço. Portugal não pode querer ser o maior produtor de lítio da Europa, quando se está a pôr em causa o direito à vida nas regiões”, afirmou Anselmo Gonçalves, investigador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT).
Este especialista falava à margem do primeiro Fórum Nacional para discutir a problemática do lítio, que hoje juntou especialistas, representantes de movimentos ambientalistas e membros de vários grupos cívicos de diferentes pontos do país para onde foram apresentados pedidos de prospecção e concessão para lítio e outros minerais.
Organizada pela Quercus, esta iniciativa decorre no Barco, localidade do concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, que está a poucos metros da serra da Argemela, sob a qual recai um pedido de concessão mineira que abrange mais de 400 hectares.