Para assinalar o Dia Internacional do Voluntário, a 5 de Dezembro, a Cruz Vermelha Portuguesa vai prestar uma homenagem às pessoas que, todos os dias, dedicam tempo e energia a ajudar a transformar as comunidades e a apoiar quem mais precisa. É também um apelo à mobilização de novos voluntários, reforçando a mensagem de que quando cada pessoa atua localmente, o impacto multiplica-se globalmente.
Os voluntários são o motor da Instituição, responsáveis por mais de metade do trabalho humanitário da CVP, aplicado em vários projetos e iniciativas, que acontecem ao longo de todo o ano, nas 159 estruturas locais distribuídas pelo país.
Atualmente, a CVP conta com cerca de 5 mil voluntários, de todas as idades e gerações, envolvidos em quatro áreas principais: Juventude, Emergência, Voluntariado Social e Voluntariado Geral. Esta diversidade etária dá força e profundidade ao voluntariado da instituição, permitindo responder a necessidades diferentes com perfis igualmente distintos:
- Jovens representam dinamismo e futuro: adquirem competências, valorizam-se pessoal e socialmente, participam ativamente na comunidade e constroem o seu percurso através de experiências de impacto.
- Adultos oferecem expertise, contributo técnico, estabilidade e uma enorme capacidade de entrega, trazendo sentido de propósito e consistência às equipas.
- Seniores encontram no voluntariado uma forma de promover o envelhecimento ativo, preservar rotinas saudáveis, reforçar a integração comunitária e proteger a sua saúde mental.
Juventude – 7% de todos os voluntários da CVP
A Juventude representa 7% dos voluntários da instituição e mobiliza jovens para ações de sensibilização, apoio ao estudo, intervenção em eventos e projetos educativos como prevenção do bullying, promoção da igualdade de género e inclusão social de minorias étnicas, seguindo metodologias de educação não formal.
Destacam-se o projeto Academia J, para a capacitação para áreas como saúde mental, emergências, inclusão social e crise climática e o projeto Netos de Companhia, onde jovens visitam e acompanham idosos em situação de isolamento, fortalecendo os laços intergeracionais.
Emergência – 51% do voluntariado da CVP
A área mais representativa, com 51% dos voluntários. Recebem formação técnica específica que lhes permite atuar em situações de socorro, transporte de doentes não urgentes, emergência pré-hospitalar, apoio médico-sanitário em eventos e integrar equipas de prevenção e resposta a desastres naturais que afetem as comunidades locais
Ao longo do ano, a Emergência mobiliza milhares de voluntários para operações críticas em todo o país: desde transporte de doentes a intervenções pré-hospitalares, passando por resposta a catástrofes e pela presença em dispositivos de socorro de grande dimensão.
É uma área altamente técnica e de grande responsabilidade, onde o voluntariado tem um peso determinante na capacidade de resposta da instituição.
No Voluntariado Social, complementa-se o trabalho dos profissionais nas respostas sociais da CVP, colaborando com públicos em situação de vulnerabilidade, como pessoas em situação de sem-abrigo, toxicodependentes, idosos, famílias com dificuldades socioeconómicas, migrantes e refugiados.
De destacar, o Programa Aproximar Mais (da CVP Braga), de apoio direto e diário a pessoas em situação de sem-abrigo, incluindo distribuição de refeições, higiene, acompanhamento psicossocial e integração social; ou o Projeto Ambulância Mágica que concretiza desejos de pessoas com doenças limitantes ou em cuidados paliativos, garantindo deslocações seguras a locais significativos ou a reencontros familiares.
Por sua vez, no Voluntariado Geral, os voluntários asseguram funções transversais que sustentam o funcionamento diário da instituição: apoio na comunicação e tradução, angariação de fundos, formação, apoio administrativo, logístico ou técnico.
Importa destacar que, na maioria das estruturas da Cruz Vermelha Portuguesa, as direções locais são totalmente voluntárias – tal como sucede na própria Direção Nacional, que assume funções de liderança e governação de forma não remunerada. Este modelo reforça a identidade humanitária da CVP, assente no compromisso voluntário desde a base até ao topo da organização.
António Saraiva, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, diz que: “Os voluntários são o coração da Cruz Vermelha Portuguesa. São eles que chegam primeiro, que ficam quando é preciso e que, todos os dias, fazem a diferença na vida das pessoas. Celebrar este dia é reconhecer a força de uma comunidade de quase 5 mil voluntários que, com gestos simples e extraordinários, mantêm viva a nossa missão humanitária em todo o país. A todos os voluntários o meu obrigado.”

