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Surto de cólera no Kivu do Sul já matou 10 pessoas desde sábado no Congo

Um surto de cólera já provocou a morte de 10 pessoas, desde sábado, na província de Kivu do Sul, leste da República Democrática do Congo (RDCongo), segundo anuncio feito hoje pelas fontes locais e sanitárias.

As 10 mortes, num total de 32 casos, foram notificadas em Misisi, no território de Fizi, e as populações da área foram ainda alertadas para respeitarem as regras indispensáveis de higiene para conter o surto.

“A situação não é boa”, disse Masine Kinenwa, ministro provincial da Saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o início do ano foram registados 7.736 casos suspeitos de cólera, que provocaram 148 mortes, em 16 das 26 províncias da RDCongo. Citado pela imprensa, Kinenwa, explicou que “surtos ativos continuam a ser registados no sudeste (Tanganica, Haut-Lomami) e no leste (Kivu do Sul) e as ações de resposta foram intensificadas”.

“O Corpo Médico Internacional já montou um centro de tratamento”, afirmou o governante, acrescentando ter sido realizada na segunda-feira em Bukavu uma reunião de emergência com a OMS, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF). “Uma equipa dos MSF está a caminho de Misisi para montar outro centro de tratamento de cólera”, adiantou.

Maisha Kanoko, enfermeiro do centro de saúde Saint-Joseph, que registou pelo menos 15 casos só no sábado, disse também que “a situação é bastante complicada”, acrescentando ainda que existem “várias pessoas contagiadas nas suas comunidades” e que estas  “chegam ao hospital em estado grave”.

Segundo Cos Kenemo, médico-chefe da zona sanitária Kimbi-Lulenge, “o primeiro caso surgiu na aldeia de Miba, perto das zonas mineiras”. “Estando a zona atingida sem água potável, pedimos à população que ferva água e cozinhe os alimentos antes de consumir”, aconselhou o médico, que apelou também “à higiene regular das mãos”, à abstenção “de consumir alimentos vendidos ao ar livre sem antes os ter lavado e não transportar cadáveres nas motocicletas, por ser um fator de contágio”.