O navio “Aita Mari” da organização não-governamental espanhola Salvamento Marítimo Humanitário salvou 172 pessoas que se encontravam em sete embarcações precárias a sudoeste da ilha italiana de Lampedusa.
De acordo com a mesma ONG, organização não-governamental, existem ainda outros 122 migrantes que se encontram nas mesmas embarcações à espera de ser resgatados.
“O ‘Aita Mari’ resgatou 172 pessoas numa operação conjunta com o ‘Nadir’. Sete botes, 294 pessoas a sudoeste de Lampedusa. Ninguém arrisca a vida no mar se forem facilitadas vias legais e seguras e se não tiverem de sofrer deportações”, registou a organização espanhola no Twitter.
O centro de acolhimento de Lampedusa encontra-se abarrotado há vários meses, tendo em conta que só nos últimos dias chegaram à ilha 1.300 migrantes.
O centro, de acordo com as autoridades italianas, tem capacidade para 400, mas a chegada de migrantes tem sido algo constante.
“Lampedusa [Itália] é tão europeia como Paris ou Madrid e merece uma resposta capaz”, mencionou Juan Fernando López Aguilar, eurodeputado espanhol, no final da visita de uma delegação do Parlamento Europeu à ilha para “avaliação da situação”.
No decorrer da missão a Lampedusa, o grupo de deputados do Parlamento Europeu reuniu-se com as autoridades locais, a Guarda Costeira italiana e com representantes das ONG de migrantes constatando que é necessária uma “resposta eficaz, responsável e solidária”.
Desde meados do ano chegaram às costas italianas um total de 58.171 migrantes, de acordo com os dados do Ministério do Interior de Itália, mais do dobro do que em igual período do ano passado. Sendo contabilizado pelo menos 26.924 migrantes mortes e desaparecimentos no Mediterrâneo desde 2014, de acordo com os números recolhidos pela Organização Mundial para as Migrações.