Nos últimos anos, a cooperação econômica e comercial entre a China e o Brasil tem se aprofundado e o volume do comércio bilateral continua a aumentar. A China se tornou não apenas o maior destino das exportações brasileiras, mas também o maior país origem das importações, e uma importante fonte de investimento do Brasil.
No momento, o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina. Segundo estatísticas brasileiras, o volume do comércio bilateral de bens superou US$ 98,9 bilhões em 2018, registrando um crescimento de 32%. Dentre desse volume, o Brasil importou US$ 34,7 bilhões de bens da China, um aumento de 27%, ocupando 20% do total importado. O país exportou US$ 64,2 bilhões de mercadorias para a China, um incremento de 35%, representando 27% do total exportado.
O rápido crescimento do comércio bilateral se beneficia da forte complementaridade estrutural entre os bens dos dois países. Entre as mercadorias chinesas exportadas para o Brasil, mais de 90% são bens manufaturados. A soja, o minério de ferro e o petróleo bruto representam mais de 80% dos produtos brasileiros exportados para a China. Desde as fricções comerciais sino-norte-americanas, provocadas unilateralmente pelos Estados Unidos, produtos agrícolas exportados do país, como a soja, têm sido substituídos por mercadorias do Brasil, entre outras nações.
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostram que, em 2017, a China importou US$ 19,5 bilhões em produtos agrícolas do país, enquanto em 2018, o valor diminuiu para US$ 9,1 bilhões. Ao mesmo tempo, a China importou cada vez mais soja do Brasil. Segundo estatísticas do Brasil, a China importou mais de 66 milhões de toneladas de soja brasileira em 2018, um salto superior a 30%, representando 80% do total da soja exportada pelo país. E o Brasil ultrapassou os Estados Unidos como o maior exportador de soja no mundo. Devido as contínuas fricções comerciais, estima-se que a demanda chinesa da soja brasileira aumentará ainda mais.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, afirmou em agosto deste ano que “o desenvolvimento da China oferece uma grande oportunidade para o Brasil”. De acordo com dados, o Brasil se tornou o principal destino de investimento da China na América Latina e o estoque de investimento chinês no país alcançou US$ 70 bilhões. À medida que a China e o Brasil constroem em conjunto o Cinturão e Rota digital, a cooperação sino-brasileira impulsionará fortemente a modernização e a industrialização do país latino-americano, aumentando a dinâmica e o vigor da economia do continente.
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Gabriela Nascimento