A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) classificou hoje os crimes contra empresários como um travão ao investimento, três dias depois de o presidente da organização, Agostinho Vuma, ter sido alvejado em Maputo.
Convidamos toda a sociedade para um repúdio profundo a este clima de terror que é implantado na nossa sociedade por indivíduos despidos de escrúpulos e do mais simples sentido de sociedade”, declarou Álvaro Massingue, empresário e vice-presidente da CTA, apresentado hoje como líder temporário da organização.
“Este crime bárbaro acontece num tempo em que se multiplicam raptos e sequestros de agentes económicos no nosso país”, acrescentou, em conferência de imprensa.
Massingue avançou que vai manter a determinação de Agostinho Vuma na implementação do plano estratégico da CTA e das ações inscritas na resposta aos desafios colocados pela pandemia de covid-19.
Agostinho Vuma encontra-se estável e a polícia continua a trabalhar para encontrar os autores do atentado, disse na mesma conferência de imprensa o presidente da mesa da assembleia-geral da CTA, Rui Monteiro.
“Ninguém sabe qual foi a motivação deste crime, as autoridades competentes continuam a encetar todas as devidas diligências para a neutralização dos autores deste crime, para o seu esclarecimento e responsabilização“, sublinhou.
Agostinho Vuma foi intercetado por duas pessoas armadas pelas 15:00 (14:00 em Lisboa) de sábado no edifício do seu escritório, na Avenida Josina Machel, junto à baixa de Maputo.
O empresário de 44 anos foi eleito presidente da CTA em maio de 2017. É deputado da Frelimo (partido no poder) na Assembleia da República de Moçambique, eleito desde 2015 pelo círculo eleitoral de Gaza, sul do país.