Alguns norte-americanos afirmaram de novo na sexta-feira (30) que as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos estão relacionadas à questão de Hong Kong. Contudo, há um mês, as mesmas pessoas expressaram claramente que Hong Kong é uma parte da China e que a questão na região deve ser resolvida pelos chineses.
Constata-se que, quando a comunicação corre bem entre os grupos comerciais, alguns norte-americanos expressam a ideia de não interferência nos assuntos internos da China, mas quando há atritos, eles ligam a questão de Hong Kong às negociações comerciais sino-norte-americanas. Esses norte-americanos não se importam com a confusão em Hong Kong. Em vez disso, usam a situação de Hong Kong como uma ficha nas negociações a fim de aumentar a pressão sobre a China. Esta tentativa falhará sem dúvida.
A China tem solicitado uma discussão concentrada nos problemas econômicos e comerciais. O envolvimento de outros temas apenas dificultará a solução. Nos últimos dias, os riscos dos atritos comerciais entre o país e os Estados Unidos foram elevados em consequência de possíveis tarifas impostas sobre os produtos chineses. A influência negativa do novo anúncio está repercurtindo cada vez mais na China, nos Estados Unidos e em todo o mundo.
Na quinta-feira (29), a taxa de crescimento da economia norte-americana, segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, caiu para 2% no segundo trimestre, muito abaixo dos 3,1% do primeiro. Dados do Conselho Empresarial EUA-China revelaram que, em média, uma família norte-americana deverá pagar US$ 1.000 a mais por ano em razão das tarifas. Tudo isso comprovado pela opinião da União Nacional de Contribuintes dos EUA: a política comercial norte-americana caiu em uma situação difícil. As tarifas adicionais contra a China têm pouco efeito e prejudicam a economia do próprio país.
Sob pressão, alguns norte-americanos têm emitido sinais de uma possível negociação. Para a China, a negociação exige credibilidade e esforços rumo à mesma direção. Esses norte-americanos precisam voltar, o mais rápido possível, à trilha de solução racional dos problemas. Necessitam também criar condições para uma negociação baseada na equidade e respeito.
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Erasto Santos Cruz