Alguns políticos norte-americanos reivindicaram que vão aumentar ainda mais as tarifas sobre as exportações chinesas no valor de US$550 bilhões. Isso poderá agravar os riscos de uma escalada nos atritos comerciais entre a China e os EUA, por isso sofreu críticas da comunidade internacional. Na cúpula do G7, encerrada ontem (26) na França, os aliados dos EUA também expressaram apoio ao livre comércio. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, alertou que a relação tensa dos EUA com outros países resultará em recessão econômica mundial.
A história prova repetidamente que a guerra comercial não tem vencedor. A imposição de tarifas não resolve divergências, mas aumentará as dificuldades na solução dos problemas. Os atuais atos dos EUA impactarão sua própria economia, além de agitar a confiança do mercado internacional de capitais e prejudicar a cadeia global da indústria.
Desde o início da guerra comercial, cada alteração das políticas e decisões influenciaram diretamente o mercado internacional de capitais. Quando as negociações comerciais entre a China e os EUA conseguiram avanços, os mercados de ações globais em geral subiram. Por outro lado, as novas medidas tarifárias dos EUA foram acompanhadas da caída acentuada dos principais índices de ações. Isso demonstra o aumento das preocupações do mercado global de capitais.
Segundo a previsão do Banco Mundial, o comércio global crescerá apenas 2,6% em 2019, sendo o nível mais baixo desde a crise financeira internacional em 2008. A imposição de tarifas adicionais sobre mercadorias chinesas prejudicará inevitavelmente a ordem comercial internacional.
O objetivo principal das políticas tarifárias dos EUA é forçar as empresas estrangeiras a saírem da China e impedir o desenvolvimento econômico chinês. Este ato viola completamente as leis de economia de mercado e regras de livre concorrência, prejudicando o sistema existente de produção e de operação e os interesses de corporações multinacionais. De acordo com um relatório do grupo financeiro Goldman Sachs, se a empresa Apple transferir todos os trabalhos de produção e montagem para os EUA, seus custos aumentarão em 37%.
Diante da pressão dos EUA, a China tomou contramedidas necessárias, mas tentou minimizar os impactos às empresas domésticas e à economia mundial. O país anunciou ontem a criação de seis novas zonas piloto de livre comércio, nas províncias de Shandong, Jiangsu, Guangxi, Hebei, Yunnan e Heilongjiang. Uma semana atrás, a China decidiu promover a construção de Shenzhen como a área-piloto de demonstração do socialismo com características chinesas. A nova área de Lingang da zona de livre comércio de Shanghai (ZLC) também foi lançada oficialmente. Essas três importantes políticas mostram a determinação e confiança da China no aprofundamento da reforma e abertura, de forma a contribuir mais para a globalização econômica.
Tradução: Zhao Yan
Edição: Diego Goulart