O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou na noite de quinta-feira que as forças norte-americanas lançaram um ataque que matou Qasem Soleimani, comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã. A notícia abalou todo o mundo. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu responder com uma vingança severa. De repente, a relação entre os EUA e o Irã piorou ainda mais e a situação já complicada no Oriente Médio ficará mais volátil.
Para o Irã até mesmo para todo Oriente Médio, Soleimani é uma personalidade chave. A Força Quds, liderada por ele, é considerada uma força muito importante do Irã para combater organizações extremistas dentro do território da Síria e do Iraque. Em 2017, Soleimani foi selecionado pela revista Times como uma das cem pessoas com a maior influência do mundo. Por este fato, muitas mídias comentaram que os EUA “agitaram um ninho de vespas”. Atrás da ação dos EUA, há muitas razões complicadas.
Primeiro, trata-se de uma ameaça contra o ataque ocorrido na Embaixada dos EUA no Iraque e também contra o Irã. Na véspera do ano novo, centenas de manifestantes reuníram-se na Embaixada para protestar contra o ataque aéreo dos EUA contra o Iraque. Em relação a isso, a parte norte-americana fez uma acusação dizendo que tudo isso foi manipulação do Irã e avisou que o país irá pagar um preço enorme.
Contudo, o uso cego da força militar nas relações internacionais apenas intensificará as contradições. Nota-se que após a morte de Soleimani, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, emitiu imediatamente um artigo dizendo que os EUA são os responsáveis por todas as consequências do seu aventureirismo desonesto.
Tian Wenlin, pesquisador do Oriente Médio do Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas, disse que o Irã possui um forte senso de nacionalismo de sempre se vingarem quando se julgam prejudicados. A ação dos EUA “agitou um ninho de vespas”, o que fará com que o Irã tenha possibilidades de se vingar por meio de um combate assimétrico, fato que pode até mesmo afetar a segurança do Estreito de Ormuz, um importante canal marítimo de energia.
Tradução: Luana
Revisão: Erasto