O assessor de comércio da Casa Branca, Peter Navarro, disse ontem (4) que a China deve suspender os supostos “sete pecados” para que os EUA cancelem as tarifas adicionais sobre produtos chineses. Ao mesmo tempo, ele acrescentou que os EUA estão se preparando para as negociações com a China em setembro. Esta atitude norte-americana com a China é realmente ridícula.
Os supostos “sete pecados” listados por Navarro envolvem proteção à propriedade intelectual, transferência de tecnologia, subsídios da empresa estatal e regulamentação do fentanil, que distorcem os fatos, mancham a China e são infundados.
A proteção à propriedade intelectual é o requisito inerente necessário do desenvolvimento impulsionado pela inovação da China e, nos últimos anos, as conquistas da China nessa área têm sido amplamente reconhecidas pela comunidade internacional. O diretor-geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, Francis Gurry, observou que a China é agora líder no sistema global de propriedade intelectual.
Atualmente, a China tem 25 variedades de substâncias fentanil. Desde 1º de maio deste ano, o país classificou todas elas como drogas. Tendo, assim, um controle mais rigoroso do que os EUA e recebendo elogios da comunidade internacional por essa decisão.
Os supostos “sete pecados” listados por Navarro são uma resposta aos diversos setores norte-americanos que se opõem nos últimos dias contra a intenção da Casa Branca de impor tarifas adicionais de 10% sobre U$300 bilhões de produtos chineses. No entanto, um número muito pequeno de norte-americanos ignorou essa oposição e tenta encontrar uma desculpa para sua prática, negando sua responsabilidade pelos danos à economia do país.
A verdade é inocultável. Os consumidores e empresas norte-americanos vão pagar caro pela prática de seu governo. De acordo com uma recente pesquisa do grupo Goldman Sachs, as últimas tarifas adicionais sobre US $200 bilhões de produtos chineses elevarão a inflação norte-americana em 0,2 pontos percentuais. Se forem impostas, as novas tarifas sobre US $300 bilhões de produtos chineses aumentarão a sua inflação em 0,5 pontos percentuais.
Tradução: André Hu
Revisão: Gabriela Nascimento