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​China dá importante passo de abertura bidirecional do mercado de capitais

Após as preparações que duraram quatro anos, o mecanismo de conexão das bolsas de valores de Shanghai e Londres foi oficialmente criado nesta segunda-feira (17), sendo uma medida importante para a abertura do mercado de capitais da China.

A ideia foi lançada no 7º Diálogo Econômico e Financeiro China-Reino Unido, realizado em setembro de 2015, com o objetivo essencial de ampliar a abertura bidirecional do mercado de capitais da China. A medida permite que as empresas cotadas qualificadas das duas cidades emitam recibos de depósito e negociem no mercado do outro lado do mundo.

Esse mecanismo, que permite a conexão entre as bolsas de valores, trará mais oportunidades para investidores e empresas chinesas. Como por exemplo, os investidores chineses vão poder investir nas grandes empresas cotadas na bolsa de valores de Londres. As empresas chinesas cotadas classe A poderão coletar fundos através da emissão do recibo de depósito global.

A conexão com a bolsa de valores de Londres pode ajudar o mercado de capitais da China a aprender sobre os sistemas, as experiências estrangeiras avançadas e aumentar sua competitividade internacional. Ao mesmo tempo, esse mecanismo vai servir de modelo e ajudará a promover a conexão com os mercados de capitais de outros países, por exemplo, com os dos países ao longo do Cinturão e Rota.

A conectividade também é importante tanto para os investidores internacionais como para o mercado britânico de capitais. Investidores estrangeiros têm oportunidades mais diretas para investirem em empresas chinesas de boa qualidade, compartilhando os dividendos do crescimento econômico. No contexto do Brexit, o projeto pode consolidar a posição da bolsa de valores de Londres como a maior na Europa e como centro financeiro internacional.

No dia do lançamento da conexão, o 10º Diálogo Econômico e Financeiro China-Reino Unido foi realizado em Londres. Ambos os países discutiram sobre a situação macroeconômica, a governança econômica global, a cooperação de comércio, investimentos em grandes projetos, bem como a cooperação financeira, estratégica e em novas áreas.

Tradução: Florbela Guo

Revisão: Gabriela Netto