Jorge Jesus quer sentir-se em casa no Centro de Treinamento George Helal e já se reuniu com os responsáveis do Flamengo para lhes dar conta das alterações que quer que sejam feitas no local.
O centro de treinos, conhecido como Ninho do Urubu, tem 6 campos relvados, 2 deles habitualmente utilizados pela equipa principal. Jorge Jesus quer que estes dois recintos de treino sejam isolados com faixas por forma a que a equipa consiga trabalhar em privacidade e longe de todos os olhares. A BOLA sabe ainda que, além deste pedido, está já a ser executada outra das exigências do técnico português que quer a área profissional (corredores e balneários) utilizada pela equipa principal forrada com imagens de conquistas, de ídolos e de frases motivacionais.
Em conversa com A BOLA no Rio de Janeiro o técnico falou sobre as alterações que está a efetuar para que o centro de treinos fique à sua imagem.
«Por onde passamos deixamos um legado. Não é só aqui. Foi na Arábia Saudita. Foi no Sporting. Não tanto no Benfica porque o Benfica já tinha muito mais. Faz parte do nosso trabalho e da forma de acharmos que é a melhor estrutura e a melhor qualidade que podemos proporcionar aos jogadores para trabalharem com tranquilidade e com condições porque aqui nada falta. Quero, como faço em todo o lado, quando sair deixar um legado», frisou.
As mudanças na dinâmica dos jogadores dentro do Centro, como almoçarem todos juntos, ajuda ao entusiasmo dos adeptos pela chegada de Jesus ao Rio de Janeiro. O técnico é que diz que ainda não deu por nada e tem os objetivos bem definidos: «Ainda não senti isso pois trabalho e de seguida vou para casa. Não vejo redes sociais. Não acompanho. No Brasil as redes sociais são uma força muito grande de comunicação. O que tenho de fazer é jogar e ganhar porque se não ganhar deixa de haver entusiasmo.»
Jesualdo Ferreira disse em entrevista publicada ontem em A BOLA que Jorge Jesus está no pior campeonato do mundo. Jesus concorda: «O Manuel [Jesualdo] sabe perfeitamente, ele é um conhecedor muito profundo do futebol. Tenho a mesma opinião que ele. Este é o campeonato mais difícil do mundo. Não é Inglaterra. Não é Itália. Não é Espanha. Este é o campeonato mais difícil do mundo. Onde as equipas são mais equilibradas, todas as equipas têm grandes jogadores. Das 20 equipas 14 já foram campeãs. O Manuel sabe o que está a dizer e eu quando vim para cá sabia que era assim. Mas isto é um risco e vamos tentar trabalhar da mesma maneira e tentar levar o Flamengo para as conquistas que este grande clube tem de ter. É grande mas também tem de ter grandes conquistas e as grandes conquistas são os títulos.»
Fonte: ABOLA