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Bloco Operatório do Hospital Beatriz Ângelo recebe Torre de Laparoscopia 3D de última geração

O Hospital Beatriz Ângelo (HBA), acaba de dar mais um passo rumo à modernização tecnológica e à inovação clínica, com a instalação do seu mais recente equipamento médico.

Trata-se de uma Torre de Laparoscopia 3D de última geração, com Sistema de Insuflação de CO2, Aspiração de Fumos e Tecnologia de Imagem de Fluorescência, cuja mais-valia do ponto de vista clínico se encontra amplamente demonstrada e que passa agora a estar disponível também para as equipas cirúrgicas do HBA.

Conforme faz questão de salientar Rita Garrido, Diretora do Serviço de Cirurgia Geral desta unidade hospitalar, “o uso da laparoscopia 3D associada à imunofluorescência permite identificar na cirurgia coloretal o estado de vascularização dos tecidos a anastomosar e reduzir o número de deiscências anastomóticas e suas consequências em termos de morbimortalidade e tempos de internamento. Na cirurgia do andar supramesocólico, nomeadamente na cirurgia esofagogástrica, cirurgia que só está validada em termos de segurança técnica por laparoscopia com imagem 3D, a imunofluorescência acrescenta a identificação do tecido com melhores condições para anastomosar e, sendo esta uma anastomose de alto risco que quando complica tem uma mortalidade superior a 80%, o uso desta técnica tem todo o benefício. Por outro lado, melhora a qualidade da linfadenectomia, permitindo a identificação ganglionar com implicações positivas a nível do prognóstico. Nas outras cirurgias do andar supramesocólico, como a cirurgia hepatobiliar, o uso da imunofluorescência tem como principal função a identificação das estruturas biliares e suas variabilidades anatómicas, com redução de lesões iatrogénicas.”

Entre outras possibilidades, o recurso à imunofluorescência apresenta-se particularmente indicada no cólon do reto (todos os doentes com anastomose primária), estômago (gastrectomias totais), fígado, vesícula e vias biliares, estimando-se que, ainda no decurso do presente ano, mais de 250 doentes seguidos no HBA possam beneficiar desta nova técnica cirúrgica. Porque o aparelho agora disponibilizado também permite utilizar a tecnologia 3D e 2D mesmo sem a imunofluorescência, o número de cirurgias a realizar com o mesmo poderá ser bastante superior.

Ao nível de funcionalidades, este equipamento tem ainda como elementos diferenciadores o funcionamento da câmara com manga estéril, que permite realizar um número de cirurgias ilimitadas no mesmo dia, pois a ótica não precisa de reprocessamento pela Central de Esterilização, sendo a esterilidade assegurada por uma capa de proteção descartável, e ainda a qualidade da imagem 3D, que não cria a sensação de tontura em cirurgias prolongadas, nem o aparecimento de imagem dupla com os movimentos da cabeça, acrescenta Rita Garrido.

Para o HBA e a sua população utente, em geral, a disponibilização deste novo equipamento confirma a intenção de inverter a tendência de desinvestimento verificada nos últimos anos de gestão privada, no âmbito da PPP, somando-se aos demais investimentos já realizados após a reversão para a esfera pública, superiores a um milhão de euros e que permitiram, entre outras melhorias, a renovação quase integral do parque de ecógrafos existente no Hospital, com os consequentes ganhos no que respeita à qualidade da prática assistencial.

Partihar

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