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UNECA defende plataforma única para patentes em toda a África

A diretora executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) defendeu hoje a criação de uma plataforma única no continente para o registo de patentes, assim aumentando a proteção da propriedade intelectual.

“Mesmo durante a pandemia de covid-19, é possível aumentar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), que serão vitais para a recuperação das economias no período pós-pandemia, mas para isso temos de proteger a propriedade intelectual, para dar segurança aos jovens empreendedores”, disse Vera Songwe durante o Fórum Empresarial Africano, que decorreu hoje em formato virtual a partir de Adis Abeba.

“Uma destas inovações será o próximo Google ou Twitter, e devíamos juntar as plataformas que existem na África Oriental e Ocidental para criar uma continental, que proteja as patentes a nível central, com reduzido custo e acesso fácil aos registos, como a Europa decidiu fazer, para benefício de todos”, disse a sub-secretária-geral das Nações Unidas.

Durante a sessão deste ano do Fórum Empresarial Africano, com o tema ‘Financiamento Inovador: Avançando para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável’, a responsável destacou a importância das TIC, salientando que “no ano passado houve um investimento privado de 2,4 mil milhões de dólares [quase 2 mil milhões de euros], 31% dos quais para o setor da tecnologia financeira”.

No ano passado, para além do investimento, “os negócios de fusões e aquisições representaram mil milhões de dólares [830 milhões de euros], o que mostra que a inovação está a progredir, e há centros tecnológicos [hubs] em 34 países africanos, num total que passou de 314 em 2016 para 643 em 2019, ou seja, duplicou em três anos”, acrescentou Vera Songwe.

Falando antes da intervenção do Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, que fez um resumo dos principais números de utilização das tecnologias digitais no país, a dirigente da UNECA defendeu que o recurso às tecnologias não deve servir apenas para serviços financeiros, mas sim para promover a inclusão social e melhorar a governação.

“O Quénia está a liderar nas TIC, e o Presidente foi o primeiro a usá-las para melhorar o governo, falar com os cidadãos pedindo contributos e opiniões, mostrando que a tecnologia, a governação e a sociedade civil podem juntar-se para melhorar a vida de todos”, concluiu.

África registou nas últimas 24 horas mais 350 mortes por covid-19 para um total de 95.075 óbitos, e 11.087 novos casos de infeção, segundo os mais recentes dados oficiais da pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.667.546 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 28.105, para um total de 3.192.561 desde o início da pandemia.

Partihar

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