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Praia precisa de investimento de 2,3 milhões para “repor a normalidade”

A avaliação foi feita hoje numa reunião entre o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, vários ministros e os presidentes de câmara do país, para fazer um primeiro balanço dos estragos causados pelas fortes chuvas que têm caído no arquipélago, sobretudo na ilha de Santiago, afetando especialmente a Praia.

No final da reunião, o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, explicou, em conferência de imprensa, que o levantamento preliminar aponta para a necessidade de uma “intervenção emergencial para repor a normalidade” na cidade da Praia de cerca de 258 milhões de escudos (2,3 milhões de euros).

“E tendo em conta isso, o Governo, em articulação com a Câmara Municipal da Praia, irá imediatamente atuar. Nas limpezas, desobstrução de vias, reposição da normalidade nos vários sítios que estão com dificuldades”, afirmou.

As fortes chuvas que caíram na Praia, sobretudo na madrugada de sábado, provocaram enxurradas, cheias, desabamentos e destruição de estradas e outras vias de acesso um pouco por toda a capital. Numa das enxurradas, um bebé de seis meses foi levado pelas águas e morreu.

Ainda na capital, dezenas de famílias foram realojadas nas últimas horas pela proteção civil.

“Essa chuva provocaria estragos em qualquer país do mundo. Tendo em conta a própria orografia da cidade da praia, a estrutura de ordenamento, houve bairros que passaram por muitas dificuldades. O Governo tem noção disso, por isso é que irá intervir. E irá intervir com força para repor a normalidade e depois intervirá de forma estruturante”, acrescentou Fernando Elísio Freire.

De acordo com o governante, nos próximos dias avançam “trabalhos estruturantes para drenagem da água na cidade da Praia”, e outras obras em articulação com a Câmara Municipal da Praia.

Ainda assim, Frenado Elísio Freire ressalvou que “devido ao programa de reabilitação, requalificação e acessibilidades“, lançado anteriormente pelo Governo, “quase todos os municípios do país, incluindo a maior parte da cidade da Praia, aguentaram bem as últimas chuvas”.

O problema, disse, continua a ser a construção ilegal e em zonas de perigo.

“Quando fazemos apelos para não construção clandestina, quando fazemos apelos para se cumprir os planos de ordenamento territorial estamos a salvar vidas e é neste quadro que continuaremos a atuar, reforçando a autoridade do Estado nessas localidades, reforçando a autoridade dos municípios, para que todos possam cumprir e continuarmos o caminho de sermos um país mais resiliente“, afirmou o governante.

Partihar

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