País

Adiada sem data reunião para definir regras de acesso às praias

A Lusa questionou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), responsável por liderar a comissão técnica, mas que, nesta altura, “não tem nada a acrescentar”.

“Quando houver novidades daremos conta das mesmas”, indicou a APA, sem adiantar qualquer informação sobre os trabalhos na comissão técnica de acompanhamento das águas balneares.

Um das 10 entidades que integram a comissão técnica disse à Lusa que “recebeu um ‘email’ a informar do adiamento da reunião agendada para quarta-feira”, acrescentando que não foi apresentada explicação para o adiamento, nem há uma nova data.

Sem confirmação da reunião, a Direção-Geral da Saúde (DGS) adiantou à Lusa que “não tem indicação de data”.

Na próxima reunião da comissão técnica de acompanhamento das águas balneares prevê-se a conclusão do manual de procedimentos sobre o acesso às praias na época balnear deste ano, no contexto da pandemia de covid-19.

A comissão é liderada pela Agência Portuguesa do Ambiente e dela fazem parte mais 10 entidades, incluindo a DGS, a Autoridade Marítima Nacional, o Instituto de Socorros a Náufragos e a Associação Bandeira Azul.

Em 22 de abril, após outra reunião, a coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa, Catarina Gonçalves, referiu à Lusa que o manual deveria estar pronto na primeira semana de maio, incorporando a “capacidade de carga” de cada praia.

Segundo a representante, as praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas, que vai ser calculada em função dessa capacidade, tendo em conta as recomendações da DGS, como o distanciamento entre as pessoas, a utilização de máscaras e os procedimentos de higiene, “obviamente muito mais apertados”.

Catarina Gonçalves admitiu que nas praias é “muito mais complicado” implementar estas medidas, uma vez que “não se pode pôr uma fita amarela” para definir o espaço utilizado pelos banhistas, pelo que a fiscalização “vai ter de ser diferente” e tem também de haver “bom senso” por parte de quem frequenta os areais.

As frentes urbanas de praia são uma preocupação particular para a comissão, tendo em conta que não têm uma entrada e uma saída específicas, correspondendo, com frequência, a passeios marítimos com várias passagens para o areal.

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